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A mostrar mensagens de outubro, 2024
  IMAGENS QUE PASSAIS PELA RETINA   Imagens que passais pela retina    Dos meus olhos, porque não vos fixais?    Que passais como a água cristalina    Por uma fonte para nunca mais!...     Ou para o lago escuro onde termina    Vosso curso, silente de juncais,    E o vago medo angustioso domina,   — Porque ides sem mim, não me levais?     Sem vós o que são os meus olhos abertos?   — O espelho inútil, meus olhos pagãos!    Aridez de sucessivos desertos...     Fica, sequer, sombra das minhas mãos,   Flexão casual de meus dedos incertos,   — Estranha sombra em movimentos vãos.     No soneto « imagens que passais pela retina » de Camilo Pessanha, o eu lírico exprime a sua vontade de morrer devido á perda das imagens.   Na primeira quadra o sujeito poético enuncia o destinatário, ou seja, as i magens (v.1 « imagens que passais pela retina »), o mesmo mostra a rapidez em que as imagens desaparecem, o que é possível observar na interrogação presente no segundo verso (« dos meus olhos, por q